quarta-feira, 3 de outubro de 2012

Destralhar sem dó nem piedade?

Eu gostava de conseguir destralhar tudo sem dó nem piedade, mas confesso que tenho algumas dificuldades.
Toda a mobília do quarto da minha filha (cama, guarda-fatos, escrivaninha, cadeira e mesa de cabeceira) foi guardada pela minha mãe. Era minha e está novamente a ser usada. Metade da roupa de cama dela era minha (o edredão é o mesmo que eu usei e tem seguramente uns 18 ou 19 anos). Ela já vestiu saias minhas e há dias supreendi a professora da escola, quando ela gabou a gabardine dela, ao dizer que era minha. Não foi tudo guardado pela minha mãe. Algumas peças de roupa serviram a outras pessoas a seguir a mim e foram guardadas e voltaram agora que tenho uma menina. A cama de grades dela foi dada por uma amiga, cujos filhos já são mais velhinhos, e tenho "ordens" para depois a dar a quem vier a precisar dela.
Como gerir isto tudo? Como gerir o acto de destralhar e o acto de guardar para mais tarde poupar?

2 comentários:

  1. A sua publicação faz-me lembrar a minha 'luta' com a minha mãe. Eu tenho vontade de destralhar, como diz, 'sem dó nem piedade' mas a minha mãe quer guardar tudo porque para ela todo e qualquer objeto pode um dia voltar a ser necessário. O problema é que com tanta tralha armazenada cá em casa a minha mãe passa o tempo em limpezas e arrumações! Para mim o dinheiro que se vai poupar não compensa a qualidade de vida que se perde por passar uma vida a limpar e arrumar.

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    1. Acho que tudo depende. Guardar a roupa toda das crianças quando já não se planeiam mais filhos não faz sentido, mas fazer como fizeram comigo faz. Afinal de contas, há peças de roupa que eram de uma prima minha, deram para mim, passaram por mais duas ou três crianças e voltaram para a minha filha. Não se guarda tudo mas há peças intemporais e que nos aquecem o coração ao vê-las usadas de novo.
      Quanto a outras coisas é ponderar. Por exemplo, a poupança que tive na mobília de quarto foi enorme. Além da cama ter servido para hóspedes durante uns anos, mesmo no Ikea não gastaria menos de 500 € para mobilar o quarto e não ficava com mobília da mesma qualidade.

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